agosto 25, 2007

É brilhante


“É preciso fazer da hora o tempo que continua e não momento parado no absurdo.
Contar o tempo é ver cada hora contida na hora futura na história e a história na esperança.
Esperança. Palavra que hoje é dita com vergonha pelos corifeus do momento parado. Sem água e sem pão. (A água e o pão estão colocados em uma prateleira de vidro vigiada por rangers, espermatozóides fardados que deglutem na mamadeira os pedaços estilhaçados de fracassos, a falta de amor coletivo.)
Muitos deixaram o barco da esperança e se sentam nos sofás das conivências que amanhã poderão ser cadeiras elétricas.
Que assim seja, para a justiça do espelho.
Cara a cara, cada um tem de ser o que o espelho reflete.
Não adiantam maquilagens de um moneto sem glória pois o amanhã renasce
renasce
Com o acontecer na sua riqueza da primavera.
Veremos.”

Clóvis Moura

Nenhum comentário: