setembro 22, 2007

Ando pela noite fria, um copo de algo quente na mão.
A procurar o que fazer. A procurar quem fazer.
Os pés descalços tocam o asfalto áspero e não dói.
E não dói mais.
A mão esquenta e torna-se margenta. O vento aumenta, meu corpo sente. O fluxo de carros diminui.
A cidade, que pela manhã era caos, agora dorme.
Naquele quarto a mãe olha seu filho. Naquele outro o hoem reza.
No outro o bebê dorme. No da direita uma vida é feita.
Amantes se entregam ao mundo paralelo.
Amor.

No da esquerda a menina chora...

E a cidade dorme, os carros dormem.
Menos eu, que continuo a andar descalça atrás de algo.
Não sei o que é este algo. Gosto de ir atrás deste algo.
Corro.
Leite no asfalto.