Percebo hoje que sou fraca. Frágil, pequena e nova demais diante do mundo. Diante das grandes mulheres que conheço. Vejo a Laís. Vejo a Anna (Patrícia). Vejo seus textos. Sou pequena. Lendo o que os outros escrevem às vezes é como se atrás de cada letra, de cada palavra estivesse o meu nome, as minhas cores. Mas não fui eu que escrevi aquilo, não fui eu. Sou pequena. Mesmo tendo amado o tanto que amei, sou nova.
"Penso que a minha capacidade absurda de amar me fragiliza."
Sou nova, porra, sou nova. Lembro que quando tinha 12 queria ter 15. Quando cheguei aos 15 ansiava pelos 17. E agora? Nada. Não me sinto diferente. (Não se percebe quando cresceu) Pelo menos eu não vi nada. Mas quando olho as fotos... Quando olho os fatos...
Tá bom, vou (tentar) pensar menos agora.
Tá bom, Laís. Não vou mais escutá-la.
Mas eu penso tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto ....
"Penso que a minha capacidade absurda de amar me fragiliza."
Anna
Sou nova, porra, sou nova. Lembro que quando tinha 12 queria ter 15. Quando cheguei aos 15 ansiava pelos 17. E agora? Nada. Não me sinto diferente. (Não se percebe quando cresceu) Pelo menos eu não vi nada. Mas quando olho as fotos... Quando olho os fatos...
Tá bom, vou (tentar) pensar menos agora.
Tá bom, Laís. Não vou mais escutá-la.
Mas eu penso tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto ....
3 comentários:
Apenas sinta,...são das nossas experiências que advém a nossa prole poética...
Não me escute! Se escute sempre!
Você sente, e acredite, isso é muito raro! E sabe dizer sim, é claro que sabe!!
Foi o Caio F. que disse:
"Você quer escrever. Certo, mas você quer escrever? Ou todo mundo te cobra e você acha que tem que escrever? Sei que não é simplório assim, e tem mil coisas outras envolvidas nisso. Mas de repente você pode estar confuso porque fica todo mundo te cobrando, como é que é, e a sua obra? Cadê o romance, quedê a novela, quedê a peça teatral? DANEM-SE, demônios. Zézim, você só tem que escrever se isso vier de dentro pra fora, caso contrário não vai prestar, eu tenho certeza, você poderá enganar a alguns, mas não enganaria a si e, portanto, não preencheria esse oco. Não tem demônio nenhum se interpondo entre você e a máquina. O que tem é uma questão de honestidade básica. Essa perguntinha: você quer mesmo escrever? Isolando as cobranças, você continua querendo? Então vai, remexe fundo, como diz um poeta gaúcho, Gabriel de Britto Velho, "apaga o cigarro no peito / diz pra ti o que não gostas de ouvir / diz tudo". Isso é escrever. Tira sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora. A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. Essa expressão é fundamental na minha vida [...]
Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
SE cuida, flor! E não esquece ...
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