janeiro 30, 2008

Visão?

Noite. A moça corria angustiada pela rua deserta. Seus cabelos eram mero tecido ao vento, assim como suas vestes. Procurava um lugar. Tinha que correr. Tinha. Precisava. Até que à meia luz de um poste ela parou. Olhos baixos, um leve sorriso nos lábios. Seu rosto era sombrio e seu coração batia forte, cansado. Seu peito arfava fazendo o decote do vestido subir e descer. Nenhuma gota de suor descia-lhe pelo rosto. Olhos cansados, olheiras. Enfim, ele se aproximou e disse:
- Eu te amo...

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Sua cabeça doía. Doía de fome. Doía de fome... e de pensamentos que a queriam consumir. Não podia.


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A vela. A chama da vela não saía de sua cabeça.


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Ela estava parada, diante de uma bifurcação no caminho. Mochila nas costas. Sabia para onde seguir. Não se movia. Ela não se movia. Mochila, óculos... nada de sapatos.


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E por mais um momento ela pensou... queria não pensar. Queria não saber. Calar.


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Nunca... Mais... Escrevera... Nada.

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